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Por: tvi24 | 4- 10- 2012 15: 47
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As autoridades policiais estão a investigar o incêndio que na madrugada de hoje destruiu
oito autocarros na freguesia de Montelavar, Sintra, por existirem «fortes indícios de mão criminosa», disse à Lusa
fonte policial.
Sete autocarros da empresa de transportes Mafrense e um da Junta de Montelavar ficaram destruídos
devido a um incêndio que deflagrou hoje, por volta das 2:30, dentro das instalações que a empresa utiliza para guardar as
carreiras que operam no eixo Sintra-Mafra.
No local, que está situado a 200 metros dos bombeiros e a 30 de uma escola,
os moradores falam ainda num «cenário de guerra» com explosões, fumo negro e chamas muito altas.
A funcionária de
uma oficina ao lado do sítio onde os autocarros se encontram disse à agência Lusa que apanhou «um grande susto» quando, por
volta das 2:30, lhe ligaram para casa a dizer que o seu local de trabalho estava a arder.
«Vim logo para cá. Ouvia-se
explosões que pareciam tiros e o chão estremecia. Houve pessoas a telefonar para a GNR a dizer que alguém estava aos tiros
em Montelavar», contou.
Outro dos funcionários da oficina adiantou que alguns moradores se assustaram, mas não saíram
de casa por receio.
«Pensávamos que eram desavenças, que andava tudo aos tiros. Apanhámos um grande susto esta noite.
Isto só pode ser fogo posto», disse Francisco Martins.
O local foi vedado pela Policia Judiciária, mas são ainda
visíveis as «carcaças» dos oito autocarros ardidos. Um deles pertencia à freguesia de Montelavar e estava estacionado nas
instalações da empresa a pedido da presidente da junta, Lina Andrês, para evitar, precisamente, que continuasse a ser vandalizado.
A
autarca disse à agência Lusa que esta «é uma perda muito grande» para a freguesia, uma vez que a junta não tem possibilidades
financeiras para adquirir um novo autocarro.
«Os presidentes de juntas vizinhas já me ligaram para disponibilizar
os seus autocarros, mas será sempre em situações pontuais e consoante a disponibilidade deles. As atividades com idosos e
com crianças estão postas em causa, porque não os conseguimos transportar», disse, assumindo-se «desolada», Lina Andrês.
A
presidente da junta adiantou que hoje houve várias crianças que não conseguiram ir às aulas, uma vez que a empresa não conseguiu
arranjar carreiras suficientes para substituir as dos autocarros que arderam.
A agência Lusa solicitou esclarecimentos
à Barraqueiro, empresa proprietária da Mafrense, que adiantou que «sem o conhecimento» das causas do incêndio não prestará
quaisquer declarações.
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