O ministro das finanças aplaudiu esta quinta-feira, no Parlamento, os esforços do portugueses, ameaçou que uma resposta diferente às medidas de austeridade em vigor seriam a «rutura descontrolada» e questionou o PS: «Qual a vossa alternativa?

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«O povo português revelou-se o maior povo do mundo e o melhor ativo de Portugal», começou por dizer Vítor Gaspar, homenageando o comportamento durante a manifestação de 15 de setembro, gerando forte burburinho nas várias bancadas parlamentares.

O responsável pela pasta das finanças garantiu, ainda, durante o debate das duas moções de censura apresentadas pelo PCP e Bloco de Esquerda, que as soluções do Governo são a única resposta do país. Alternativas «seriam uma rutura descontrolada».

Uma ideia já defendida, nesta manhã, por Passos Coelho de que o caminho de austeridade apresentado pelo executivo é a única solução para «Portugal se manter no euro e na União Europeia».

Vítor Gaspar apontou o dedo à «pantominice» e aos «jogos políticos» que, para o governante, marcaram o debate, mais do que ideias concretas para corrigir as contas públicas.

O ministro das finanças rematou o seu curto discurso para sublinhar que «a troika sairá do país em junho de 2014».

Já PCP e Bloco de Esquerda, que apresentaram duas moções de censura, classificam que o Governo sofreu «um colossal falhanço». Aliás, a acusação de falhanço foi a mais ouvida durante este debate que já decorre há três horas.

Em resposta, Vítor Gaspar cita «de cor» Bertrand Russell: «Os sábios estão cheios de dúvidas, enquanto os ignorantes estão cheios de certezas».

«Tenho imensas dúvidas e procuro ouvir com imensa atenção», disse o ministro.

E rematou: «É crucial para este país livrar-se da troika o mais depressa possível».

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